quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fluxo de consciência - parte 4

Eu preciso antes ser grande, para escrever assim. À espreita de alguma coisa poética. Porque meu Universo é grande mas não se contém. Educo-me na arte de vencer distâncias. Não deixo o tempo falar, cruel pressentimento. Aguardo nisso, tudo aquilo que foi e nunca será. Preciso morrer pra depois acordar. Essa é a lógica da minha ciência. O ponto perverso do meu desamparo. Escuro muro da minha altivez... elétrico, sem sentimento, profundo, um mundo. Um nada,uma outra vez. Espero o porvir e enlaço a morte cheia de morte. Há tanto desamor que a desordem acaba. Quem foi que começou com este inferno?
Ladro à procura de um beco sem vontades...

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