quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estou parada

Todas as coisas que escreverei são livres trejeitos.Conter a dúvida é um livre incesto.Não me pergunte porque não faço mais poemas,espantei valer a pena.Rimas da ocasião.Um ouro fosco.Um pé(sem dúvida!)a meio metro do chão.Meu peito pesa,mesmo sabendo que não havia centímetros.Não discuto comigo,meu coração é canibal.E eu não precisava de mais essa dor.Não sei o que faço com esse abrigo.Estou tão pobre...estou seta.Comigo a alegria não tem meta.Variados doces da escravidão.Meu pé que cheira.Eu olho todos e não vejo perdão.E não me livro dessa data.A véspera esperada.A conta averiguada.Gosto de luz e servidão.Não vou anarquizar o poema.Antes cansada,agora alivio o poema.Baixo minha cabeça para ritos diversos...os gritos.Não há,não existe nada em volta de mim.Porque eu estou envolta de nada.Nem chorando por você eu deixo de sentir nada.Se eu escrevesse como os outros eu não seria eu,seria perda de tempo.Nem os hematomas doem mais(meu sangue coagulado de dor).Por que eu choro por uma coisa que nunca tive?Eu não consigo parar de não ser nada.Morrer é qualquer coisa melhor do que isso.Acho que no fundo mascaro não ser nada lamentando por ti.Estou parada,o oposto das seis.Seria melhor não dividir.Não consigo sentir a coisa sensível.Sempre me comparando com os outros,os outros são mais,decididamente são mais.É difícil escrever eu mesma sem penar.Meu Deus,até quando ficarei assim?Não tenho forças para mais nada.Nem para andar em linha reta.Oficializo uma comunhão(sistema prisional de antemão).Escrevendo cascas de ovos.Ódio composto!Nem para odiar eu sou eu...e é isso que mais me ressente.Até quando fui muito eu não era eu.Sempre senti essa coisa estranha.Sempre senti essa solidão nas entranhas.Mentira.Mentira.Nunca fui nada a não ser mentira.Antes de qualquer coisa...(eu?)sou problema meu.

Um comentário:

J.F. de Souza disse...

OUTRO blog, Nadja? =P

=*

Postar um comentário